Pois é. Cá está uma reflexão do filme que vimos no último “Entre-Fitas”, no passado dia 12Dez’09 vá. “Contacto” é um filme de ficção científica no qual se questiona a existência de um ser superior, que se oponha à verdade científica. Não me vou alargar em relação ao filme em si, mas sim em relação à mensagem que pretende transmitir. E que mensagem é essa? Vamos lá ver se daqui sai alguma coisa de jeito.
Em primeiro lugar, apesar de ser cristão, acredito na ciência, como procura da verdade. Penso que tudo tem uma razão de ser e acho a ciência a melhor maneira de justificar qualquer tese. A verdade é que sou cristão porque mo ensinaram a ser. Se me tivessem ensinado a ser muçulmano, hoje seria, muito provavelmente, muçulmano. Quando era puto, acreditava em Deus porque era obrigado (a maioria dos miúdos de 8 ou 9 anos assim é), mas agora que sou grandinho, vejo-o com outros olhos. “Já que me ensinaram a ser cristão, deixa-me cá reflectir sobre aquilo em que me ensinaram a acreditar”, pensei eu. E reflecti. Penso que Deus não justifica tudo, a origem de todas as coisas, o criador absoluto e por aí fora. Penso antes que é aquela vozinha que nos diz “Oh pá, ajuda as pessoas” ou “não sejas egoísta”, ou ainda “vê lá se és honesto”. Acredito antes num Deus que nos orienta na nossa vida para o bem, do que propriamente num “Deus-supremo-criador-que-fez-tudo”. Não sei porquê. Deve ser por ser jovem e ter a mente aberta ou assim.
Há dias li o “Caím” de José Saramago. Acho que como cristão, me faz bem ler livros anti-Deus. É positivo conhecer a opinião dos outros, e ao mesmo tempo o facto de me obrigar a reflectir sobre o que li. Saramago retrata Deus como sendo o “Supremo-criador-e-ao-mesmo-tempo-destruidor”. Para ele, é um Deus tirano, perverso e sem escrúpulos. Não questiono a opinião dele. Não estou cá para isso. Reflicto sobre ela. Eu acredito no Deus bom, orientador para o bem e para a verdade. Penso que cada um deve acreditar no que quer, ou no que pensa querer.
A reflexão já vai longa, mas queria só alertar para o seguinte: o Cristão deve promover o amor a Deus. Como? Indo à missa? Eh pá, podes ir à missa todos os domingos, mas se não amares o próximo, se não fizeres como Deus faz, então para mim não és cristão. És hipócrita. Há muito hipócrita-não-cristão que vão à missa todos os domingos, julgando honrar e seguir Deus, quando, na verdade, são falsos e desonestos consigo próprios. Pensem nisso.
Acreditar em Deus não é seguir os outros. É seguir Deus. É amar.
Samuel Cabete
Em primeiro lugar, apesar de ser cristão, acredito na ciência, como procura da verdade. Penso que tudo tem uma razão de ser e acho a ciência a melhor maneira de justificar qualquer tese. A verdade é que sou cristão porque mo ensinaram a ser. Se me tivessem ensinado a ser muçulmano, hoje seria, muito provavelmente, muçulmano. Quando era puto, acreditava em Deus porque era obrigado (a maioria dos miúdos de 8 ou 9 anos assim é), mas agora que sou grandinho, vejo-o com outros olhos. “Já que me ensinaram a ser cristão, deixa-me cá reflectir sobre aquilo em que me ensinaram a acreditar”, pensei eu. E reflecti. Penso que Deus não justifica tudo, a origem de todas as coisas, o criador absoluto e por aí fora. Penso antes que é aquela vozinha que nos diz “Oh pá, ajuda as pessoas” ou “não sejas egoísta”, ou ainda “vê lá se és honesto”. Acredito antes num Deus que nos orienta na nossa vida para o bem, do que propriamente num “Deus-supremo-criador-que-fez-tudo”. Não sei porquê. Deve ser por ser jovem e ter a mente aberta ou assim.
Há dias li o “Caím” de José Saramago. Acho que como cristão, me faz bem ler livros anti-Deus. É positivo conhecer a opinião dos outros, e ao mesmo tempo o facto de me obrigar a reflectir sobre o que li. Saramago retrata Deus como sendo o “Supremo-criador-e-ao-mesmo-tempo-destruidor”. Para ele, é um Deus tirano, perverso e sem escrúpulos. Não questiono a opinião dele. Não estou cá para isso. Reflicto sobre ela. Eu acredito no Deus bom, orientador para o bem e para a verdade. Penso que cada um deve acreditar no que quer, ou no que pensa querer.
A reflexão já vai longa, mas queria só alertar para o seguinte: o Cristão deve promover o amor a Deus. Como? Indo à missa? Eh pá, podes ir à missa todos os domingos, mas se não amares o próximo, se não fizeres como Deus faz, então para mim não és cristão. És hipócrita. Há muito hipócrita-não-cristão que vão à missa todos os domingos, julgando honrar e seguir Deus, quando, na verdade, são falsos e desonestos consigo próprios. Pensem nisso.
Acreditar em Deus não é seguir os outros. É seguir Deus. É amar.
Samuel Cabete
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